CANDOMBLÉ & UMBANDA
O Candomblé é uma religião panteísta, ou seja, acredita que existe um Deus presente em todas as coisas, um Deus onipotente, porém junto à ele, outros deuses que estão relacionados à elementos da natureza e do universo, os chamados Orixás.Tem suas raízes no continente africano, onde cada tribo praticava o culto à um único Orixá, de formas diferentes entre si, e é por isso que o nome "Candomblé" não pode ser usado para descrever essa religião na África, pois o panteísmo só vai ocorrer no Brasil.
No Brasil, no entanto, o Candomblé foi criado e re-criado pelos escravos africanos como forma de manter os laços com a Mãe África. Assim são criadas as "Casas de Santo" e a religião começa a se desenvolver. Nesse período, a Igreja Católica proibia o ritual africano e ainda tinha o apoio do governo, que julgava o ato como criminoso, por isso os escravos cultuavam seus Orixás escondidos, fingindo que eram santos católicos.
O Candomblé é uma religião de linha espírita, ou seja, acredita em espíritos e nas almas encarnadas e desencarnadas, assim como um plano espiritual no qual elas se encontram.
As sessões de Candomblé nas Casas de Santo são feitas com médiuns que encorporam (o equivalente à "emprestar" seu corpo) para os Orixás, e somente eles podem fazer isso, por seu nível de espiritualidade, e somente os Orixás podem fazer a possessão, nenhum espírito que já viveu na terra irá estar em uma sessão de Candomblé.
Os Orixás ajudam na vida das pessoas, que vão até eles nos momentos de reuniões das Casas de Candomblé. Cada Orixá tem particularidades,um dia, uma cor, um jeito de se vestir, objetos que usa, uma comida específica, uma saudação, as vezes algum tipo de bebida, pode requisitar cigarros ou charutos, e a comunidade dessas Casas irá oferecer tudo isso ao Orixá.
Cada Orixá tem uma sessão diferente, eles não misturam suas energias. Por isso, antes de cada sessão as Casas de Espíritos irão se arrumar parar receber um Orixá específico, e antes que a sessão comece, o médium da casa irá pedir permissão à Deus para que o Orixá possa "descer" (do plano espiritual e participar da sessão). Também são feitos "trabalhos", que são as formas que o Orixá te guia para resolver algum problema seu, mas esse fator é variante. Normalmente você oferece um presente ao Orixá quando consegue resolver o que te incomodava, que podem ser uma das coisas que ele gosta (fumo,comida,bebida, etc).
Alguns exemplos de Orixás do Candomblé:
Saudação: Epa bàbá!
Saudação: Kawó Kabiesilé!
Outros: Ogun, Nanã, Omolú, Ogum, Oxóssi, Oxum, Iansã, Exú, Obá, Oxumarê.
Ponto de Oxum - Eu vi mamãe Oxum na cachoeira
O Candomblé é uma religião de linha espírita, ou seja, acredita em espíritos e nas almas encarnadas e desencarnadas, assim como um plano espiritual no qual elas se encontram.
As sessões de Candomblé nas Casas de Santo são feitas com médiuns que encorporam (o equivalente à "emprestar" seu corpo) para os Orixás, e somente eles podem fazer isso, por seu nível de espiritualidade, e somente os Orixás podem fazer a possessão, nenhum espírito que já viveu na terra irá estar em uma sessão de Candomblé.
Os Orixás ajudam na vida das pessoas, que vão até eles nos momentos de reuniões das Casas de Candomblé. Cada Orixá tem particularidades,um dia, uma cor, um jeito de se vestir, objetos que usa, uma comida específica, uma saudação, as vezes algum tipo de bebida, pode requisitar cigarros ou charutos, e a comunidade dessas Casas irá oferecer tudo isso ao Orixá.
Cada Orixá tem uma sessão diferente, eles não misturam suas energias. Por isso, antes de cada sessão as Casas de Espíritos irão se arrumar parar receber um Orixá específico, e antes que a sessão comece, o médium da casa irá pedir permissão à Deus para que o Orixá possa "descer" (do plano espiritual e participar da sessão). Também são feitos "trabalhos", que são as formas que o Orixá te guia para resolver algum problema seu, mas esse fator é variante. Normalmente você oferece um presente ao Orixá quando consegue resolver o que te incomodava, que podem ser uma das coisas que ele gosta (fumo,comida,bebida, etc).
Alguns exemplos de Orixás do Candomblé:
- Iemanjá ou Yemanjá: Deusa do mar, maternidade, psicologia e educação
Saudação: Erù-Iyá, Odó-Iyá!
- Oxalá: divindade mais respeitada, poder procriador masculino, criação, vida e morte
- Xangô: poder estatal, questões jurídicas, justiça.
Outros: Ogun, Nanã, Omolú, Ogum, Oxóssi, Oxum, Iansã, Exú, Obá, Oxumarê.
Ponto de Oxum - Eu vi mamãe Oxum na cachoeira
Iemanjá rainha das ondas
Existem 131.985 seguidores do Candomblé no Brasil.
CANDOMBLÉ E UMBANDA SÃO A MESMA COISA?
Não!!! Apesar de comumente serem confundidas como nomes diferentes para o mesmo culto, essas duas religiões são diferem entre si, mantendo apenas algumas bases iguais, como roupa (ambos vestem branco), uso de transe mediúnico (uso de médiuns) e os atabaques (instrumentos).
A Umbanda trabalha com espíritos como caboclos, pretos-velhos e ciganos, entre outros, ou seja, as incorporações são feitas através de espíritos encarnados ou desencarnados, diferente do Candomblé que só permite que as incorporações aconteçam com os Orixás.
Executam as sessões de formas diferentes.
No Candomblé os Orixás são considerados deuses, enquanto na Umbanda são considerados espíritos ancestrais. E embora usem os mesmos Orixás, eles terão características diferentes, como cor de representação, etc.
Uma pessoa pode ser das duas religiões, porém as praticará em locais e dias diferentes, e terá espaços diferentes em sua casa se for colocar homenagem à esses Orixás ou algo relacionado ás religiões.
Apesar da Umbanda também ser afro-descendente, ela foi criada no Brasil. É a única religião criada exclusivamente aqui, por Zélio Fernandino de Morais, O Caboclo das Sete Encruzilhadas. (leia mais detalhadamente sobre sua trajetória aqui)
Oxalá mandou buscar - Ponto do Caboclo
A Umbanda tem 450.553 seguidores no Brasil.
O Brasil é um país miscigenado, que tem fortes traços ancestrais com os africanos e uma comunidade descendente muito grande no território. As religiões afro-brasileiras, portanto, representam um grande aspecto cultural -e histórico- para essa comunidade, e deveria ser respeitado e apreciado como tal.
Porém......
Não são muitas as novelas que vemos abordar essa religião, ou personagens que a seguem, e explorar mais o lado de seus costumes e crenças.
Casos, no entanto, de intolerância religiosa são recorrentes.
Na novela "Meu Pedacinho de Chão", houve uma campanha de boicote iniciado por um grupo de evangélicos afirmavam que o personagem principal, o Coronel Epaminondas, é tratado pelo apelido, “Epa”, que seria uma alusão à saudação Epa Babá ao Orixá Oxalá, que o ambiente da novela seria um terreiro e os nomes dos personagens seriam da Umbanda. A publicação que iniciou o boicote foi publicada no Facebook, e a internauta autora da campanha afirmava que os personagens passavam mensagens subliminares e faziam apologia às religiões afro-brasileiras. O post também listava as características e ações dos personagens que seriam "intoleráveis" e as comparava com Orixás e santos da Umbanda.
Os comentários e a reverberação da campanha contaram com comentários afirmando que essas religiões são "cultos malignos", "seitas", "ocultismo com foco nas crianças" etc.
A Rede Globo e a produção da novela afirmaram que não tinha nada relacionado à Umbanda.
O propósito desse post e da Semana da Religião é evitar que situações como essas voltem a acontecer. Pelos comentários, percebemos um senso comum em relação às práticas das religiões e uma intolerância com aquilo que é diferente. Como vivemos em um país de caras, cores, ritmos, crenças e muitas diferenças, é essencial que haja respeito em todos esses aspectos.
Enquanto praticarmos a intolerância, a violência com o outro, a desinformação, propagarmos o preconceito, viveremos em uma guerra desnecessária, e colocando a culpa na religião.
Cada religião segue preceitos diferentes, e são importantes nas vidas das pessoas de maneiras diferentes, aprender a conviver com essa realidade é também aprender a viver em sociedade.
Acima de tudo, pratique o amor, o respeito ao próximo. Cada indivíduo tem direito à sua liberdade religiosa, e cabe a nós respeitá-las.
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