EVANGELISMO

O protestantismo -nome que provém dos protestos cristãos- foi um movimento iniciado na Europa no século XVI, cujo marco célebre são as 95 teses do teólogo cristão Martinho Lutero criticando uma série de práticas e doutrinas da Igreja Católica. Ao romper com o Vaticano, Lutero desencadeia a Reforma Protestante, que culmina com a fundação de correntes cristãs dissidentes,como a própria Igreja Luterana, a Calvinista e a Metodista.O movimento tornou-se ainda mais significativo nos Estados Unidos durante o Grande Despertamento dos séculos XVIII e XIX.Os protestantes defendem a crença de que a única autoridade a ser seguida é a Palavra de Deus, presente na Bíblia Sagrada. Desta forma, através da ação do Espírito Santo, os cristãos, ao lerem a Bíblia, têm uma maior harmonia com Deus. Por esse motivo, a partir da Reforma Protestante,a Bíblia foi traduzida para diversas línguas e distribuída sem restrições para as pessoas.Passaram a rejeitar o culto a Maria e aos santos e o celibato clerical.Além de admitir práticas como o divórcio e os métodos anticoncepcionais.Evangélico e protestante são palavras sinônimas,ou seja, evangélicas são praticamente todas as correntes nascidas da reforma protestante.O termo ''evangélico'' se dá pelo fato da religião ter seus fundamentos nos Evangelhos da bíblia.



Ao longo do tempo,as igrejas evangélicas foram se diversificando,e hoje possuem vários tipos ao redor do mundo.No Brasil,por exemplo,existem igrejas pentecostais,batistas,assembleias de Deus,Universais,etc.De acordo com os dados do Censo 2010 do IBGE, os evangélicos passaram de 17% da população brasileira em 2000 para 22,3%.Entretanto,há muitas críticas no processo de crescimento e diversificação dessas igrejas no campo não só religioso,mas também midiático.
Com o passar dos anos, a invasão das novas tecnologias e a busca incessante pelo consumo fizeram com que as pessoas se distanciassem das religiões. O foco passou a ser o material.Para mudar a realidade criada, as religiões se posicionaram, usando a comunicação como um recurso fundamental.Verificou-se que os veículos de comunicação eram fundamentais para a difusão das crenças.Portanto,era preciso ter veículos de comunicação que divulgassem somente os valores cristãos.
A entrada da Igreja na mídia como “proprietária” de veículos de comunicação causou polêmicas no cenário midiático.Uns dos fatos que mais ganhou destaque foi a aquisição da Rede Record pela Igreja Universal do Reino de Deus, em 1989, criando, para muitos, um quadro distorcido.Ninguém esperava que outras religiões, além da católica, pudessem ter um grupo de comunicação.Entretanto,as igrejas neopentecostais são as que mais se utilizam da mídia, sobretudo da eletrônica para a propaganda religiosa,controlando a programação (quando não as finanças) de centenas de emissoras de rádio e televisão Brasil afora.O que se questiona com a aquisição de poderosas redes de comunicação são as finalidades deste fato, que vão desde a "comercialização da fé” até a difusão do Evangelho.Boa parte da programação religiosa hoje parece apenas seguir a lógica do mercado capitalista. O objetivo é o lucro,atraindo-se as massas.



Obs: Que fique claro que este post não consiste em criticar as práticas da religião evangélica e muito menos descrimina-lá.Trata-se de apenas mostrar como o setor midiático vê a aquisição dos meios de comunicação das igrejas(seja elas evangélicas ou não).
Curiosidades:
-No começo do século 20, o sociólogo alemão Max Weber publicou o texto clássico A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, no qual atribui a essa invenção de Calvino o sucesso do capitalismo em países evangélicos.Segundo ele,os protestantes obtiveram esse sucesso,pois a sua religião via o trabalho como uma vocação e possuia uma característica menos contemplativa.Ou seja,era um meio de mostrar como o indivíduo era abençoado por Deus,homenageando-o através do trabalho.Outro fator contribuinte era a oposição do ócio,da preguiça e da luxuria,fazendo que o fiel nunca deixasse de trabalhar,apenas em situações relacionadas à doenças.Assim,buscando sair-se bem na profissão,mostrando sua própria virtude e renunciando os prazeres materiais,os protestantes se adaptaram facilmente ao mercado de trabalho da época,acumulando capital- o lucro era apenas uma consequência- e reinvestindo produtivamente.
-No Brasil houve apenas algumas exceções, como os calvinistas franceses e holandeses que invadiram o país – o primeiro culto evangélico por estas terras foi celebrado por franceses no Rio de Janeiro, em 1557, só 57 anos depois da missa católica inaugural. Era proibido realizar cultos de qualquer religião que não o catolicismo no território português.
A liberdade religiosa no Brasil só veio com a independência, na Constituição de 1824, ainda que impondo restrições de que as reuniões acontecessem em locais que não tivessem “aparência exterior de templo”. No mesmo ano, alemães fundaram a primeira comunidade luterana do Brasil. Logo depois chegaram as correntes missionárias, como os metodistas, dispostas a pregar nas ruas para salvar almas. Eles caíram nas graças da elite intelectual republicana que, impressionada com a “ética protestante”, defendia a presença de evangélicos como condição para a modernização do país.

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