O INIMIGO DO MEU INIMIGO NÃO TEM MEU ABRIGO



O grande inimigo em comum que as potências capitalistas possuem neste inicio de século XXI é o terrorismo. Dentre os vários massacres da história, como a Era do Terror na revolução francesa e o Ku Klux Klan, o terrorismo vem ganhando um destaque especial por ter uma forte corrente religiosa, que em sua maioria é formada por islâmicos fundamentalistas, o que acaba fazendo com que ocorra, erroneamente, um senso comum de que todo islamita é um terrorista em potencial.

Esse senso comum somado à auto-exclusão faz com que os países onde há o predomínio dessa religião, como a Turquia, Síria e Iraque acabam por serem desvalorizados pela mídia. Pode-se ter como exemplo o atentado que ocorreu no dia 13 de março em Ankara, Turquia, onde 34 pessoas morreram e 135 pessoas ficaram feridas em um atentado (o quarto na região em menos de 6 meses) e este, assim como os outros, passou despercebido pela população brasileira, já que em grande parte dos jornais e todos os noticiários dos canais abertos fizeram a cobertura das manifestações brasileiras e sequer comentaram o ocorrido. Isso se difere muito do que se observou quando houve o atentado na Bélgica, 9 dias depois, causando o mesmo numero de mortos e 200 feridos, e teve uma repercussão em todo o mundo durante o prolongar do mês.

É verdade que é de suma importância a comoção das pessoas por todo o mundo, principalmente através das redes sociais como o Twitter, onde se tornou popular o movimento “#prayforbelgium”, onde diversos usuários demonstraram compaixão pelas vítimas do atentado. Entretanto é uma injustiça haver toda essa comoção em potências europeias (como também houve no atentado à Paris) enquanto ocorrem quase diariamente ataques desses mesmos grupos nos países do Oriente Médio, e a população dessa região, em uma medida de desespero, migram para essas mesmas potências europeias e, ao chegarem lá, quando chegam com vida, são recusadas e tratadas como um problema.

Pode-se concluir que há uma influência direta do local dos atentados para que haja suas respectivas respostas, tanto por parte da mídia quanto pelos Estados capitalistas. Por isso, são necessárias medidas para controlar esse surto de terrorismo no cenário mundial, principalmente quando um dos principais grupos (ISIS) surgiu devido à política externa dos Estados Unidos. Esse combate pode ser feito através da ação de ONG’s para divulgar esses atentados em regiões do Oriente Médio e ajudar os imigrantes que são negados na Europa, além de inserir o islã e a história dos principais grupos terroristas no conteúdo de ciências humanas do ensino médio, a fim de que se torne de conhecimento amplo a diferença entre a religião islâmica e os grupos extremistas, e assim enfraqueça o preconceito aos islamitas por parte da população.

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Some say he’s half man half fish, others say he’s more of a seventy/thirty split. Either way he’s a fishy bastard. Google

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